domingo, 23 de maio de 2010

Quarto vazio não incomoda
Casa vazia até faz bem
O mundo lá ao longe e quieto
Só um lugar vazio me incomoda
O coração solitário e sem noticias

Quisera que o vento dissesse
Que te vira sob as árvores
e que seu olhar ao longe no céu
Contemplava o azul mesclado
Sem as náuseas do dissabor diário

Assim depois do aviso preemente
ao galope incessante partiria deveras
pra ao longe olhar-te com a ternura
de quem beija o retrato e relembra
do amor que eternizou aquela cena

Nem precisaria tocar-te
Porque seria impossível tal proeza
Olhar-te-ia sem pressa, mas seria uma pena
Que não pudesses me ver ali diante de ti
Pois seus olhos não veriam tal como sou

Agora, cá deste lado, tudo parece mais claro
Entendo tudo o que passamos, e o porquê
Não era pra ser assim...
Agora minhas mãos não te tocam
Nem sentes meu beijo demorado

Que me resta senão esperar
E esperar que te lembres
De quando me abraçavas longamente
E dizias palavras de amor
Que agora não mais as escuto.

O anjo da ternura e paciência me proteja
Posso ir ao teu encontro de uma forma diferente
Mas teria que esquecer de tudo e partir do nada...
Então recuso a oferta, e agradeço... mas fico.
Só pra te ver um segundo a mais.

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