quinta-feira, 6 de maio de 2010

Pro fé e Cia

Tuas mãos são sujas
Tuas intenções malfadadas
Olha nos olhos e mente sem pudor
E enganas quem te esperas

Falas que não fez quando fez
Juras que nunca teve quando teve
Prometes o que não podes cumprir
E ainda ri-se por dentro por enganar

Saibas que engana-te a ti mesmo
E corrói as tuas próprias entranhas
Dentro de ti há uma serpente velada
Que traçoeiramente há de morder-te o calcanhar

Tenhas pudor ao mentir
Tenhas verdade a falar
Tenhas amor aí dentro, contigo
Carregue coragem de mudar

Pois sentirás a destruição iminente
Vermes a corroer-te a alma
E deitar teu corpo sem vida
Num terreno hostil sem regresso

A chama da verdade tudo cura
E para sobrevivê-la é preciso crepitar
Renascer como fênix para um novo sol
Recomeçar novo ser: livre da corrupção.

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