Gosto de ver a chuva que cai
Sentir o cheirinho da terra molhada
Olhar o horizonte cinzento da chuva
A inevoar a paisagem ao longe
Venho da terra onde a chuva é escassa
Lá, quando chove, muitos vão à janela
Pra ver os pingos fazerem suas ondas
No chão ressequido agora encharcado
A chuva não lava somente as folhas
Ela cai do céu para nutrir a vida
Lava a angústia de dentro do peito
E limpa a dor de não ter-te comigo
Tu disseste: quero ter paz!
Eu nunca ouvi um pedido assim
Mas se sou turbulência aceite as escusas
Lá fora a chuva te lave de mim
Hei de permanecer olhando a chuva
E a gota que escorre lenta no vitral
Gotas que traça seu caminho no vidro
Tem menos encanto que uma lágrima final
Aceite a chuva lavar sua vida
Ela desce de Deus por presente de amor
Molhando a terra e fazendo brotar
A semente ansiosa por germinar
Agora lá fora a chuva é fininha
Já está acabando daqui a pouquinho
Ficarei na janela e na face a brisa
Quem sabe você abra a porta e nada diga
Mas me abrace lavado pela chuva fria.
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