sábado, 17 de julho de 2010

Às loucas horas e poucos sons
Entreabro os olhos sonolentos
Vejo diante de mim meu semblante
Cores sem tons, tons sem sonetos

Corro os olhos lado a lado pra sentir
se alguém além de mim me vê inerte
Ou se o escuro nada interessa mais
àqueles que não desejam sombras

Nesses instantes mudos e calmos
Piso no freio ardente da vida
Agora posso pensar sem corida
Na arte do vivo, na vida da lida

E assim vejo o quanto sou carregado
de um lado p´ro outro da maré alta
Agora lá fora o mar está calmo
Mas há turbulência cá dentro na alma

Vou mudar tudo, e levantar-me agora
Dizer poucas boas, definir devaneio
Mas espere um pouco que a cama tá boa
Vou ficar mais aqui só mais um minut... zzzzz.

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