De repente algo inerte
Vem à tona num soluço
E aquele porto-seguro
Volta a ser bem mais latente
Porque quando eu precisei
Sua mão me acolheu
E eu a segurei fime e vorazmente
Você esperou com paciência
Não foi só nos dias úteis
foi num dia inútil para mim
Não foi só por promessas
Foi num ato concreto, enfim.
E naquele instante eu vi
O que procurava longe
Estava do meu lado o tempo todo
Era você, ali, insone, à minha espreita.
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